Parque da Luz

O Caderno de Diretrizes para o Parque da Luz é o resultado de um trabalho conjunto, envolvendo o poder público, a sociedade civil organizada e a UFSC, que visa definir as diretrizes que irão compor o Programa de Necessidades para a elaboração de um Projeto Paisagístico para o Parque da Luz.

Editado em 4 de setembro de 2024

Informações do Projeto

Ano de Execução: 2018
Autoria:
Gestão:

O Parque da Luz é reconhecido como um parque urbano, localizado na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, no centro da cidade de Florianópolis, num dos pontos mais estratégicos da região central, com 3,7 hectares de área Verde de Lazer (AVL) foi criado em 1999, por meio da Lei 051/99. Desde 2015 consagrou-se a parceria em forma de gestão compartilhada do parque, entre a FLORAM e AAPLuz, evoluindo para a presente construção de diretrizes para as intervenções de qualificação no Parque da Luz.

De agosto de 2017 a abril de 2018, um grupo composto por representantes da Secretaria Municipal de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico - SMTTDE, do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis - IPUF, da Fundação Municipal do Meio Ambiente - FLORAM, da Associação dos Amigos do Parque da Luz - AAPLuz, da ONG Floripamanhã e do Laboratório de Cidades mais Humanas, Inteligentes e Sustentáveis - LabCHIS/UFSC, se reuniram para pensar formas possíveis de intervenção paisagística e arquitetônica, utilizando como base as percepções e sugestões da população sobre o Parque da Luz.
Mais do que diretrizes para um projeto de requalificação, esta iniciativa busca compreender a interação da população com este espaço urbano.

Em sintonia com o conceito de uma cidade mais humana, inteligente e sustentável, o cidadão tem papel central na concepção e desenvolvimento das cidades. O sucesso das intervenções requer seu envolvimento desde a definição das características e das prioridades dos projetos, para que ele seja partícipe do processo de mudança. Assim, mecanismos de participação presenciais e/ou eletrônicos, são importantes para promover e facilitar o diálogo entre cidadãos, organizações locais, técnicos e gestores públicos (CUNHA et al., 2016).

Neste sentido, o grupo de trabalho desenvolveu duas ações: um questionário público online, e uma oficina presencial no próprio Parque, para que a população pudesse identificar ou reconhecer os caminhos e recantos do parque, além de contribuir com suas percepções e sugestões.

Diretrizes

• Criar novas áreas de convívio, estar, lazer e contemplação que complementem os usos atuais, integrando-os e
eventualmente compartilhando o mesmo espaço físico;
• Assegurar a efetiva integração do Parque com o entorno, prevendo conexões suficientes e acessíveis para pedestres e
ciclistas;
• Prever a conexão do Parque com outros equipamentos urbanos do entorno como a área de lazer da Beira Mar Norte, a
Ponte Hercílio Luz, a Praça Hercílio Luz (Mirante) e a Praça José Mauro da Costa Ortiga, entre outros, criando um sistema
de espaços públicos na região;
• Garantir a acessibilidade universal aos espaços criados, respeitando os aspectos de segurança, de operacionalidade e
de restrição de risco;
• Inserir o projeto harmoniosamente na paisagem local, impactando positivamente em sua composição atual e em seu
entorno, mantendo o caráter natural do Parque;
• Adotar soluções sustentáveis seja nos aspectos construtivos ou nos tipos de materiais empregados, buscando a redução
do consumo de energia, reaproveitamento de águas servidas e pluviais e a adoção de todas as tecnologias disponíveis e
viáveis economicamente para tornar o Parque um modelo sob o ponto de vista da preservação do meio ambiente;
• A manutenção do caráter público dos espaços deve ser condicionante em todas as possíveis intervenções, com exceção
daqueles em que o acesso restrito for essencial para funções e atividades específicas, como áreas administrativas ou de
serviços complementares às atividades fim do parque;;
• Enfatizar as melhorias nas faces externas do parque junto às vias públicas, tornando-as atrativas aos transeuntes;
• Buscar o desenvolvimento de soluções inovadoras na área de tecnologia, processos, modelos de negócio, entre outras
cabíveis ao Parque da Luz;
• Priorizar a utilização de espécies nativas no paisagismo;
• Prever projeto de sinalização geral do Parque, contemplando identidade visual, sinalização informativa, histórica e
ambiental.
 

 

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