+Pedestres

O programa +Pedestres busca melhorar a segurança e o conforto dos pedestres em seus deslocamentos, requalificando esquinas, cruzamentos e trechos viários.

Editado em 22 de novembro de 2023

Objetivos

O objetivo do programa é implementar intervenções práticas que se fundamentam em princípios de mobilidade urbana para redução da velocidade dos veículos motorizados, com a criação de ambientes públicos mais seguros e confortáveis para pedestres e ciclistas.

A utilização da pintura como ferramenta de ação sobre o espaço público permite alterações simples e rápidas, em pontos estratégicos, de grande afluxo de pedestres, abrindo portas para um caráter mais empírico e palpável no campo do planejamento e do desenho urbano. A pintura e a ambiência resultante dão mais visibilidade aos espaços públicos, instigando os cidadãos a observarem e vivenciarem mais sua cidade e tornando o deslocamento a pé ou de bicicleta uma alternativa preferencial de mobilidade.

Ressignificar as infraestruturas existentes

Em Florianópolis existem várias oportunidades de inserir este modelo de intervenção em busca de uma alteração no balanço da área destinada para os automóveis, muitas vezes subutilizada, para aquelas voltadas às pessoas. É necessário sermos inventivos e ressignificar as infraestruturas existentes, como um marco em direção a um modelo de cidade para as pessoas, para que possamos ilustrar de imediato o modelo desejado para as novas infraestruturas, vias, ruas e praças que serão criadas.

Projeto piloto

O + Pedestres foi iniciado por um projeto piloto nas Ruas Álvaro de Carvalho e Esteves Júnior, que mobiliza o coração da cidade no eixo que liga o Centro Histórico (Orla Sul) até a Praça Esteves Júnior (Orla Norte) e destaca-se como caso emblemático do reduzido espaço peatonal associado ao alto volume de pessoas que cotidianamente utilizam estas ruas. A partir deste caso, o + PEDESTRES pretende motivar a sociedade a indicar outros lugares por toda a cidade com potencial para aplicação da mesma iniciativa.

Onde intervir

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Na cidade encontramos várias oportunidades para este tipo de intervenção. Em especial aquelas que têm seus passeios com dimensões insuficientes, ao mesmo tempo que o espaço para os carros pode ser readequado.

Ampliação simples de esquinas sem perda de vagas

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Muitas são as possibilidades, como por exemplo criar um passeio linear paralelo ao espaço de calçada existente ou prolongar as esquinas aproximando os dois lados da via para o pedestre . Estas estratégias abrem espaço para equipamentos e mobiliário urbano, como lixeiras nas esquinas. Quanto mais compacto o espaço para o automóvel, mais calma a rua e maior segurança ao pedestre.

Compactação com redução da caixa para veículos

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É possível compactar a via criando uma ampliação paralela aos passeios existentes e dando espaço para as pessoas caminharem e olharem as vitrines. É importante trazer à tona o espaço destinado ao automóvel estacionado: estes espaços também podem ser ressignificados buscando um equilíbrio e dinamismo da rua, que aliados à redução da velocidade permitem a implementação de zonas 30.

Remoção de vagas permite a adição de equipamentos urbanos

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Retirando algumas vagas, ou dependendo da geometria das vias, obtêm-se espaços urbanos importantes, que permitem a implementação de pequenos estares públicos ou de mobiliários, como lixeiras e paraciclos, fundamentais ao favorecimento de modais ativos.

A remoção completa do automóvel permite a ressignificação total do espaço

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Pode-se gerar espaços totalmente voltados ao uso do pedestre de forma rápida: calçadões munidos de estares, equipamentos e espaços culturais. A própria pintura, converte-se em uma oportunidade de manifestação artística pública.

Referências: cidades que implantaram

‍‍‍Nova Iorque

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Projeto Greenlight for Midtown, Manhattan, Nova Iorque. Fonte: https://www.flickr.com/photos/nycstreets/albums/72157622973444484/.

É a precursora dos projetos contemporâneos que utilizam a pintura para intervir no meio urbano, utilizando princípios de "traffic calming". Os diversos programas e projetos desenvolvidos visam criar ambiências e deslocamentos mais seguros e mais amigáveis ao pedestre. O projeto piloto, “Greenlight for Midtown” (2009), criou novas áreas de pedestre ao longo da Broadway, da Time Square e da Herald Square. A partir da implementação do projeto, os locais foram monitorados para coleta de dados e análise das mudanças realizadas, convertendo as intervenções em permanentes posteriormente. Ainda, o programa “NYC Plaza Program” trabalha para transformar espaços subutilizados das ruas em espaços públicos de encontro e estar.

Cidade do México

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Projeto Zócalo Peatonal, Cidade do México. Fonte: https://www.chilango.com/noticias/reportajes/urbanismo-tactico-zocalo-peatonal/.

No ano de 2009, um conjunto de programas e projetos urbanos também passou a permear os órgãos de planejamento e mobilidade urbana da Cidade do México. As novas políticas refletem o valor dos espaços públicos como espaços de mobilidade cotidiana de seus habitantes e reconheçam neste aspecto o potencial para fortalecimento e construção das identidades coletivas da cidade. Neste sentido, as ações que visam melhorar a qualidade dos percursos de pedestres e de ciclistas na cidade, bem como as possibilidades de estar neste meio. A pintura no chão das áreas públicas também foi recurso fundamental para efetivar as intenções do projeto.

Mar del Plata

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Projeto da Rua Guemes, Mar del Plata. Fonte: https://blogs.iadb.org/ciudades-sostenibles/es/mar-del-plata-ciudad-para-la-gente/.

Com o objetivo de  recuperar o espaço público para os pedestres e ampliar a mobilidade não motorizada, a cidade de Mar del Plata criou um projeto de intervenção na Rua Guemes em conjunto com a Gehl Arquitetos. A Rua, um ponto comercial importante e muito visitado, foi transformada em um espaço mais humano e acessível para os pedestres. O projeto foi executado no contexto da Iniciativa de Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES) em Mar del Plata no ano de 2014.

São Paulo

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Projeto Centro Aberto, São Paulo. Fonte: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/noticias/prefeitura-expande-projeto-centro-aberto-para-a-rua-galvao-bueno-e-o-largo-sao-bento/.
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Projeto Centro Aberto, São Paulo. Fonte: https://cidadeativa.org/iniciativa/leituras-urbanas/centro-aberto/

Em São Paulo também foram feitas intervenções de pintura na rua para ampliar a área dos pedestres como parte do projeto Centro Aberto, no intuito de ativar os espaços públicos da região central. Parte das ruas foram pintadas para estender a área de circulação ou permanência dos pedestres e ciclistas nos espaços públicos da cidade, melhorando as condições de conforto e segurança nas vivências urbanas.

Curitiba

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Projeto Calçada Verde, Curitiba. Fonte: https://www.entreverbos.com.br/single-post/2017/07/04/cal%C3%A7adas-verdes-ainda-geram-d%C3%BAvidas-sobre-seu-uso. 

O Projeto "Calçada Verde" da cidade de Curitiba, promoveu a implantação de calçadas pintadas em verde em cinco cruzamentos situados na "Área Calma" da região central, cuja velocidade permitida é de até 40km/h. A intervenção teve como base os projetos semelhantes realizados em Nova Iorque e Buenos Aires.

 

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